terça-feira, 30 de junho de 2009

Lágrimas de um desconhecido.

Estou dentro do carro em movimento. Distraída, olho para o mar deixando me levar por pensamentos agora já esquecidos. De repente, uma visão que levou poucos segundos me fez voltar à realidade. Um homem sentado em um banco de costas para o mar, de frente pra mim. Um homem de cabelos brancos, um homem de idade avançada, um homem sózinho estava chorando de soluçar, como fazem geralmente as crianças. Meu olhar o acompanhou por mais alguns segundos até eu perdê-lo de vista. Eu nunca o ví na vida e talvez nunca mais o veja novamente, mas tive que presenciá-lo naquela triste condição. Agora nada me tira esta lembrança da cabeça, pois eu nada fiz por ele. Por que ou por quem será que ele chorava? Só tive uma certeza: o final feliz só existe em filmes, pois a vida está sempre se transformando e os acontecimentos ruins não poupam ninguém, nem mesmo aqueles que já viveram tanto, mas não ainda o suficiente para que a tristeza possa deixá-los em paz.

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