terça-feira, 10 de agosto de 2010

Idiossincrasias perdidas.

Quando a gente não sabe o que escrever, definitivamente é melhor não escrever e ponto. Mas pelo menos dentro de mim existe uma certa teimosia que eu não consigo controlar. É um impulso violento e quando vejo já fiz, já falei... o que vale é saciar a vontade de forma imediata, custe o que custar e depois pagar o preço, só depois, muito depois, me dar conta do tamanho do preju...
Mas hoje nem é o caso, não farei nenhuma declaração bombástica, nada disso. É que sei que vou me arrepender por escrever tantas futilidades. É só uma lista das coisas que eu mais gosto de fazer e que ando fazendo pouco ultimamente...

Ler - Quando eu era adolescente eu podia passar um dia inteiro lendo sem sentir falta de nada. Eu viajava mesmo! Hoje com tão pouco tempo que me sobra, leio muito pouco. Estou lendo Cem anos de Solidão, completou um ano que tento terminar o livro e já confundo todos os Buendias. Me sinto uma incompetente. Talvez não tenha mesmo gostado do livro, mas não consigo começar outro se não terminar este. Sou teimosa.

Beber - Vinho, saquê, drinks doces e malucos... Gosto de beber em ocasiões especiais, pra me divertir, pra dormir gostoso e até mesmo falar besteiras que eu não falaria sóbria. Já faz muitos dias que não bebo. Coloquei na minha cabeça que mãe tem que estar sempre alerta e consciente, em todos os momentos. Quem tira isto da minha cabeça? Bebo quando esqueço disso, faz tempo que não esqueço.

Ouvir música e dançar - Saudades da minha vitrolinha, trancada no meu quarto eu gastava os meus bolachões sem dó. Ía na Galeria do Rock garimpar novidades. Tomava o ônibus e descia solitariamente na porta de um inferninho underground do centrão pra dançar por toda a madrugada. Eu me sentía, literalmente me sentía. Naquele tempo eu ainda era míope e na hora de dançar eu tirava os óculos, olhava os outros e não sabia se estavam olhando para mim ou não. A dúvida extinguia a minha timidez...

Ver um filme - Não um filminho qualquer. Um filme denso tipo Almodovar, Tarantino ou mesmo um francês cabeça tipo Cíumes, o inferno do amor possessivo. Eu me realizava quando, no trajeto para a faculdade eu decidia que naquela noite eu deveria não ter uma aula de economia e sim de cinema. Interrompia o trajeto e parava no Belas Artes. Voltava para casa cheia de inpirações e certezas sobre as minhas acertadas decisões. Hoje estou longe do Belas Artes, a locadora limitada que eu frequentava por aqui fechou porque a pirataria venceu. Mas bancas de filmes piratas não possuem filminhos cabeças... Alguém me ajuda?

Que ninguém pense que eu gostaria de voltar ao passado. Não troco o meu presente por nada! Só queria achar um tempinho pra mim. Só um tempinho na minha agenda pra fazer estas coisinhas que me faziam eu me sentir tão eu!!! Será que tá tão difícil assim?

Pra terminar algo que eu amo muito: NO FUN - IGGY POP

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