quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mais um ano sem você.


"Bem que a gente podia volta no tempo, né mãe?"

Foi assim que inciamos o almoço de mais um "dia correria", com este desejo do meu filho, com aquela carinha de quem não entende que tem coisa que a gente pode mudar e coisa que a gente definitivamente não pode...
Eu sabia que ele tava se referindo à saudades que ele sente do avô. Sem saber que seria aniversário dele hoje, como um sexto sentido. Naquele momento eu também não tinha lembrado ainda.
No meio da tarde, na loucura que é o meu trabalho, perguntei pra alguém pela milionésima vez que dia era hoje, aquelas perguntas que a gente faz meio sem saber por que. Num susto congelei quando me dei conta de que hoje haveria comemoração se ele estivesse aqui. Sentí uma imensa saudades, uma vontade de chorar, uma raiva por quase ter deixado a data passar desapercebido. Ao mesmo tempo me sentí feliz porque eu ainda lembro de coisas importantes, mesmo num dia cheio de tarefas.
Como o meu filho, também fico, neste instante, inconformada com a impossibilidade de fazer o tempo voltar pra poder ganhar mais um abraço e mais um sorriso de alguém tão querido.

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